Comunicado do MUSP
"Serviços de Saúde estão cada vez piores, menos acessíveis e mais caros
Quando o que se impunha e continua a impor-se para a área da Saúde era, e é, dotar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) das condições e meios humanos, técnicos e outros necessários à melhoria da qualidade dos cuidados de saúde, os sucessivos Governos têm antes optado por tomarem decisões políticas erradas que põem em causa não só o próprio funcionamento do Serviço Nacional de Saúde como também os direitos dos utentes e dos profissionais do sector.
Quando o que se impunha e continua a impor-se para a área da Saúde era, e é, dotar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) das condições e meios humanos, técnicos e outros necessários à melhoria da qualidade dos cuidados de saúde, os sucessivos Governos têm antes optado por tomarem decisões políticas erradas que põem em causa não só o próprio funcionamento do Serviço Nacional de Saúde como também os direitos dos utentes e dos profissionais do sector.
A defesa do Serviço Nacional de Saúde universal, geral e gratuito constitui-se como um dos objectivos fundamentais da actividade do Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP).
Porque defendemos estes princípios somos contra as decisões tomadas pelos Governos para a área da saúde, decisões que põem em causa tais princípios devido à criação das taxas moderadoras e dos seus sucessivos aumentos, á criação das novas taxas de internamento e tratamento hospitalar ambulatório, ao pagamento de cuidados de saúde que até há pouco tempo não eram pagos, à redução da comparticipação financeira do Governo nos medicamentos, ao encerramento de Hospitais, Maternidades, extensões dos Centros de Saúde, Serviços Urgência e Serviços de Atendimento Permanente.
Não satisfeito ainda com tais decisões e medidas aplicadas que mais não visam do que a total privatização dos Serviços de Saúde com os prejuízos que daí advêm para os utentes e profissionais do sector, prepara-se o Governo para com base num recente estudo feito à medida das suas pretensões pôr os utentes a pagar parte significativa do valor dos cuidados de saúde prestados.
Estas mesmas decisões políticas e os seus responsáveis são ainda causadoras para além do que referimos, de haver ao nível do país mais de um milhão de cidadãos sem médico de família e de cerca de 230 mil que esperam há muitos meses, alguns há mais de um ano, por uma intervenção cirúrgica (leia-se operação).
Porque o que está a ser posto em causa é o Serviço Nacional de Saúde tal como o defendemos e os utentes reclamam, o Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) manifesta o seu total apoio e solidariedade às muitas e importantes acções e iniciativas que por todo o país as Comissões e Utentes têm realizado em defesa dos Serviços de Saúde contra as decisões do Governo, luta que é necessária ser continuada para defesa dos direitos dos utentes."
Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos
(O Comentário é da exclusiva responsabilidade do autor supracitado)
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